quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pirataria persiste e ameaça mercado de aplicativos para Android



O sucesso do Android como sistema operacional para smartphones traz à tona um problema discutido há bastante tempo: A grande quantidade de aplicativos pirateados. Resultado direto da abertura da plataforma, que torna mais fácil burlar restrições e instalar recursos gratuitamente.

O problema não é novo. Embora em 2010 a Google já tenha adotado medidas para dificultar tal prática, a popularidade do sistema entre usuários corporativos e desenvolvedores torna o caso ainda mais urgente, à medida que aplicações piratas roubam a receita e o incentivo de permanecer comprometido com o Android.

"É muito simples. Se você publicar um aplicativo no Android Market, em breve ele estará disponível para download gratuitamente também fora dela. Esta é a parte negativa de ter um ambiente aberto. Até agora, os mecanismos de proteção contra cópias se mostraram ineficientes", analisou o blogueiro Mark Murphy, especialista na plataforma Android.

Aplicações piratas
Um desenvolvedor conhecido como Chimaera relatou recentemente que sua primeira aplicação havia sido pirateada menos de um mês após a publicação. Segundo ele, as estatísticas do download ilegal foram mais impressionantes do que o da versão original.

Afinal, o que poderia ser mais irritante para desenvolvedores profissionais do que assistir à queda nas vendas de seus aplicativos legais enquanto crescem as taxas de downloads piratas?
Embora muitos argumentam que a pirataria está mais agressiva em países no qual o Android Market ainda não está disponível, uma pesquisa recente da empresa Keyes Labs sugere que isso pode não ser verdade. A companhia criou uma metodologia para acompanhar a quantidade de downloads de seus aplicativos e determinar quais eram piratas.

"Ao longo de 90 dias, o aplicativo foi instalado 8.659 vezes. Destes, apenas 2.831 foram legais, o que representa uma taxa de pirataria global de mais de 67%. O país que mais contribuiu com esse índice foi de longe os Estados Unidos, com 4.054 ou cerca de 70% de todas as instalações indevidas". Conclusão: de cerca de 6 mil downloads ilegais, apenas 14% eram de países sem a loja online.

Fonte : idgnow.uol.com.br
Mauricio G. Sahão
Paulo Gifalli

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