quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Regulamentação da Profissão na área de informática.

Regulamentação da Profissão na área de informática.




Muito se discute sobre a regulamentação da profissão de informática. Recentemente nas listas de discussões da SBC, esse assunto voltou a ganhar destaque devido ao fato de alguns concursos, para universidades federais, estarem exigindo graduação em informática, e ignorando pós-graduações, mestrado ou mesmo doutorado na área de TI.

Se por um lado, a regulamentação prejudica os programadores auto-didatas, e beneficia os graduados, com a diminuição concorrência, por outro lado o graduado em TI terá um piso e um teto salarial, que convenhamos, não é interessante.

Mas, existe uma outra ótica…

Quando uma pessoa entra na sala de cirurgia para operar o joelho esquerdo, e acorda com o joelho direito operado, por pura distração do médico, este médico pode ser punido. E quando acontece, a punição serve como alerta para que os outros médicos tenham muita atenção ao desempenhar seu trabalho.

Agora pensando na nossa realidade. Quando um software responsável pela controle do tráfego aéreo falha, de quem é a culpa? E se isto for a causa de um acidente com centenas de mortos, de quem é a culpa? Quais as atitudes para mitigar esse risco? Se não há cabeças transpassadas por lanças, dispostas pelo nosso caminho, quem temerá errar? Quem se preocupará com “detalhes” na hora de implementar um software. Ao meu ver, um software como o utilizado pelos cindactas, deve sim passar por um crivo bastante rigoroso, antes de ser liberado para uso em produção. Porém nem todo software é crítico…

O que eu estou querendo dizer aqui é o seguinte: Se querem regulamentar a profissão de informática, por que não começar aos poucos? Seria uma boa ideia começar por exemplo com sistemas críticos, que envolvam risco à vida, como software de controle de freios ABS, controle de tráfego aéreo, software de medicina à distância, e por aí vai. Pode-se incluir também nessa lista, sistemas governamentais, como o do imposto de renda, ou da urna eletrônica, que envolvam aspectos inclusive da soberania nacional. Para tanto seria criado um nível de analista de software, capacitado a desempenhar estas atividades. O Analista de sistemas cíticos. Este profissional seria capacitado a desempenhar técnicas de métodos formais e cálculo de programas, e todo sistema desse porte deveria ser homologado com um selo do conselho regulador desta profissão.

Ok! Aí eu concordo! Assim seria possível, atribuir responsabilidades quando necessário, sem tirar o sustento de tantos profissionais que dependem da TI, para levar o leite das crianças pra casa.



Fabrício.

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