quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A disputa pelo controle da rede


Desde que a internet evoluiu para a Web 2.0 tem surgido inúmeras possibilidades de compartilhamento, desmercantilização e colaboração por meio da internet, o que sem dúvida alguma permite evidenciar a autonomia dos grupos sociais em articular e gerar inteligência coletiva.
Há aproximadamente um ano atrás, alguns países começaram a tentar coibir tais atitudes, por exemplo a lei de restrição à internet na França (aprovada por proposta e pressão do governo Sarkozy mas derrubada em seguida pelo tribunal constitucional), o processo contra o grupo sueco Pirate Bay, cujo site facilita a troca de arquivos digitalizados e, no Brasil, o projeto de lei do senador Eduardo Azeredo.
Trata-se de medidas fortes que envolvem três agentes fundamentais:
·                    Empresas dominantes em setores onde o capital está se tornando rapidamente obsoleto. Seu poder econômico está minguando, mas conservam enorme capacidade de articulação política e em especial de lobbyng;
·                    Os segmentos dos Estados mais ligados à repressão, controle social e vigilância. São eles que procuram associar troca de arquivos digitais com “terrorismo”. Fato emblemático: a Concenção de Budapeste, onde se armou a ofensiva desencadeada agora contra a liberdade na rede, foi firmada dois meses após os atentados de 11 de setembro de 2001, num momento político marcado pelo medo. O Brasil não está entre os cerca de 40 países signatários;
·                    A velha mídia, que ideologicamente não consegue conceber relações sociais pós-capitalistas.


Fonte: http://resistir.info
Autores: Richard dos Santos
Eduardo dos Anjos

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